16abr

Conheça a Lenda da Rasga Mortalha

Uma das lendas mais fortes do Norte e Nordeste brasileiro a Lenda da Rasga Mortalha trata de uma coruja branca capaz de prever a morte na casa das pessoas. Neste vídeo, contei a origem dessa lenda amazônica.


A rasga mortalha é o nome popular que se dá , na região norte e nordeste, à uma pequena coruja, de cor branca, de voo baixo. O atrito de suas asas , ao voar, produzem o som de um pano que está sendo rasgado. O povo acredita que, quando ela passa sobre a casa de alguma pessoa doente, ela esteja rasgando a mortalha do doente, que , assim está prestes à morrer. A rasga mortalha só sai na boca da noite.

Coruja-das-torres é uma espécie que pertence a família dos titonídeos, também conhecida pelos nomes de coruja-da-igreja, coruja-branca, coruja-católica e rasga-mortalha.

Coruja-das-torres é uma espécie que pertence a família dos titonídeos, também conhecida pelos nomes de coruja-da-igreja, coruja-branca, coruja-católica e rasga-mortalha.

Conhecida também como Suindara, a rasga mortalha é uma coruja que possui fama de agourenta. Em algumas regiões, principalmente no norte e nordeste do Brasil, acredita-se que quando essa ave passa por cima de alguma casa soltando um ruído semelhante a um “pano sendo rasgado”, é sinal de que algum morador por ali está perto de morrer.

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Essa crendice teve início a partir de uma antiga lenda. Conta-se que tudo começou com uma jovem de trinta e cinco anos de idade, um pouco gorda e de pele muito branca. A jovem se chamava Suindara, trabalhava como carpindeira (mulheres com mais de trinta anos que eram pagas para chorarem em velórios e cemitérios) e era filha de um temido feiticeiro chamado Eliel. A jovem Suindara era muito inteligente e respeitada na sua comunidade, todos a conheciam como “Coruja Branca”. Suindara levava uma vida normal, exceto pelo fato de ser carpindeira.

Os problemas da jovem iniciaram quando ela começou a namorar as escondidas com um rapaz chamado Ricardo, que era filho de uma condessa chamada Ruth. A condessa era conhecida por sua rigidez e era muito preconceituosa. Se o romance de Suindara e Ricardo fosse descoberto, jamais seria aceito pela condessa, mas Ruth acabou descobrindo e arquitetou um plano malévolo para acabar com a relação dos dois.

A condessa mandou que sua empregada Margarida entregasse um bilhete para a carpideira dizendo que contrataria os seus serviços e para isto seria necessário que as duas se encontrarem atrás de uma cripta azul , que ficava no local mais afastado e escuro do cemitério .

Assim que Suindara chegou no local combinado foi assassinada por um empregado de Ruth. Todos lamentaram muito quando ficaram sabendo da morte da jovem, a enterraram em um luxuoso mausoléu e para homenageá-la esculpiram uma enorme coruja branca no meio da sua cripta.

Eliel, utilizou as cartas de tarô e acabou descobrindo que a verdadeira assassina de sua filha era a condessa da aldeia. Foi aí que ele resolveu executar um poderoso ritual para se vingar da assassina. Eliel foi até o túmulo de sua filha e executou sua magia. O espírito da moça penetrou na enorme estátua de coruja branca e fez com que ela criasse vida própria. A coruja saiu voando pela aldeia e foi até a sacada da janela do castelo onde dormia Ruth, começou a piar um canto estranho, semelhante ao som de roupa de seda sendo rasgada. Durante toda a noite a aldeia ouvia assustada o som aterrorizante da ave. No dia seguinte a condessa amanheceu morta e suas roupas de seda foram encontradas rasgadas, como se alguém as tivesse cortado.

A partir desse evento, a coruja começou a soltar seus gritos aterrorizantes sempre que alguém estava perto de morrer na aldeia. Até hoje as pessoas ainda temem quando a “rasga-mortalha” sobrevoa suas casas soltando “gritos”, pois bom sinal não é. Existe até um “contra-feitiço” para a maldição da coruja, são palavras que se diz para afastar o agouro do animal: ” Aqui não tem tesoura nem pano, não tem ninguém morando aqui” Eu mesmo já testemunhei morte de gente que foi “agourada” pela “rasga-mortalha”, pode até ter sido coincidência, mas quem sou eu para duvidar?!

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Sobre Marcus Pessoa

Em meu blog escrevo sobre Cidades Inteligentes, Marketing Digital, Políticas Criativas, Empreendedorismo, Histórias dos Patrimônios do Amazonas além de dar minhas opiniões sobre Política e militar contra o Bolsonarismo.
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