Entre os povos indígenas da Amazônia, um dos rituais mais impressionantes e dolorosos é praticado pelos Sateré-Mawé: o ritual da tucandeira. Trata-se de uma cerimônia de iniciação masculina que marca a passagem da adolescência para a vida adulta. O processo consiste em coletar formigas tucandeiras — insetos famosos por possuírem uma das picadas mais dolorosas do mundo — e colocá-las dentro de luvas artesanais, com os ferrões voltados para dentro.
O iniciado veste a luva e precisa suportar dezenas de picadas em suas mãos e braços, enquanto dança ao som de cânticos da comunidade. A dor é tão intensa que pode causar desmaios e alucinações, e ainda persiste por até 24 horas após o ritual. Esse processo, no entanto, não ocorre apenas uma vez: é repetido 20 vezes ao longo da vida, até que o jovem seja considerado pronto para assumir responsabilidades de adulto.
Muito mais do que um teste de resistência física, o ritual representa coragem, disciplina, proteção espiritual e conexão profunda com a natureza. Para os Sateré-Mawé, superar a dor é um símbolo de honra e maturidade.
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