27jul
Falar de suicídio ajuda a prevenir ou põe em risco pessoas fragilizadas?

Falar de suicídio ajuda a prevenir ou põe em risco pessoas fragilizadas?

Falar de suicídio é um assunto ainda muito delicado e que exige o máximo de cuidado. Infelizmente o número de adolescentes que tiram a própria vida está aumentando em Manaus e silenciar esse drama pode ser fatal. Falar sobre suicídio significa quebrar um tabu.

É difícil entender como alguém pode… Melhor não dizer. Ou dizer? Convivemos com a ideia – parcialmente correta – de que falar disso põe em risco pessoas fragilizadas, que têm considerado essa saída e… Você sabe. Por outro lado, o silêncio não tem impedido que ele aconteça. As estatísticas do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que os casos subiram 12% em cinco anos no Brasil. Entre os adolescentes de 10 a 19 anos, o aumento foi de 18%.

Precisamos levar em consideração que nessa idade, eles estão enfrentando as primeiras frustrações. Se o pior acontece, o ambiente escolar sofre. E com círculos familiares e sociais cada vez menores, a escola é praticamente o único lugar de socialização dos jovens. Por isso, coragem: entender esse fenômeno e como ele afeta os adolescentes pode prevenir mortes e provocar discussões saudáveis.

Clique aqui e se Inscreva no meu canal para ajudar a fortalecer! Vaaleeeuuu!!

Quando três estudantes tiram a própria vida em um intervalo de duas semanas, não é possível – nem indicado – se calar. Muito menos quando esses acontecimentos trazem à tona a estatística de que o suicídio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

A ideia de abafar o assunto por se acreditar que não falar de suicídio evita novos casos é antigo. Esse tabu é resultado da ignorância e da desinformação. Falar de suicídio é falar de saúde, porém, óbvio, que há de se levar em consideração os cuidados na abordagem, evitando os gatilhos para não incentivar a imitação, como no “efeito Werther”. No livro de Goethe “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, de 1774; o método de suicídio usado pelo personagem da obra foi repetido por uma série de homens da época. Por falta do amor não correspondido, o personagem tira a própria vida para por fim ao seu sofrimento.

Até pouco tempo atrás, a mídia evitava o assunto baseada no “efeito Werther”, que justamente defende que um suicídio publicizado serve como gatilho para o suicídio de pessoa suscetível e sugestionável.

Mas, hoje em dia, muitos estudiosos do assunto, como a Doutora em Psicologia pela USP e membro do Conselho do CVV (Centro de Valorização da Vida), Karen Scavacini, têm uma outra visão sobre a questão. Ela acredita que o suicídio precisa ser exaustivamente debatido pela imprensa, que deve noticiar os casos sem julgar e sem romantizar.

Além disso, a psicóloga alerta que os pais não podem minimizar quando os filhos dizem que podem ou desejam se matar, acreditando na máxima de “quem fala, não faz”. “Se o adolescente está falando, a gente precisa dar atenção, precisa começar uma conversa aberta, franca e cuidadosa para entender se esse jovem realmente está pensando em cometer suicídio.

Questionada se as redes sociais estão piorando essa ansiedade entre os jovens? A dra. Karen disse que já existe algo que a gente chama de “efeito Facebook”, que é quando os jovens acreditam em tudo o que eles veem na rede social, que todo mundo tem uma vida mais legal que a deles, que a tristeza não é algo que faça parte da vida das pessoas. Aí quando ele se vê triste não reconhece esse sentimento como algo normal, que acontece e que vai passar.

Portanto, as pessoas precisam quebrar o tabu e falar sim,  mas sempre observando o jeito certo de tratar esse assunto. Você reporta o caso de suicídio sem julgar, romantizar. É necessário que a matéria indique locais onde procurar ajuda e mostre que existem saídas antes de se recorrer ao suicídio, outras formas de enfrentar as adversidades da vida, contar a história de pessoas que sobreviveram, dar exemplos de superação, sempre apontando caminhos. Esse seria o chamado ‘efeito papageno’.

O Papageno é um personagem da (ópera) Flauta Mágica, de Mozart que, quando decide que vai cometer suicídio conversa com três pessoas que o demovem da ideia, apontam a ele outras saídas. E ele não se mata. E esse método está sendo utilizado para debater os benefícios de se falar sobre suicídio na mídia.

Em 2017, o Ministério da Saúde “adotou” o Centro de Valorização da Vida – CVV tornando as ligações gratuitas.  No Estado do Amazonas o CVV pode ser acessado pelo fone 188.

O CVV existe desde 1962 e construiu reputação, prestígio e notório saber em como fazer o serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio, reconhecido como de utilidade pública. Nos últimos anos, o governo multiplicou os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que na rede pública têm a função de acolher pessoas com várias patologias de ordem mental e quem tentou o suicídio ou tem ideação suicida.

DEPRESSÃO MATA! DOENÇA TRAIÇOEIRA E SILENCIOSA Mais uma adolescente de 14 anos, nesse momento tentou se jogar da Ponte Sobre o Rio Negro, parabéns a guarnição da amiga amada @millanedepaula que após um longo diálogo, conseguiu convencer a jovem a não tirar sua própria vida. ISSO É UM GRITO DE SOCORRO AOS PAIS!! OBSERVEM O COMPORTAMENTO DOS SEUS FILHOS. PARABÉNS AOS NOSSOS HERÓIS ???

DEPRESSÃO MATA! DOENÇA TRAIÇOEIRA E SILENCIOSA
Mais uma adolescente de 14 anos, nesse momento tentou se jogar da Ponte Sobre o Rio Negro, parabéns a guarnição da amiga amada @millanedepaula que após um longo diálogo, conseguiu convencer a jovem a não tirar sua própria vida.
ISSO É UM GRITO DE SOCORRO AOS PAIS!! OBSERVEM O COMPORTAMENTO DOS SEUS FILHOS.
PARABÉNS AOS NOSSOS HERÓIS ???

Comente usando o Facebook

Compartilhe Com Os Amigos

Sobre Marcus Pessoa

Em meu blog escrevo sobre Cidades Inteligentes, Marketing Digital, Políticas Criativas, Empreendedorismo, Histórias dos Patrimônios do Amazonas além de dar minhas opiniões sobre Política e militar contra o Bolsonarismo.
© Copyright 2012-2024, Todos os direitos reservados